domingo, 3 de junho de 2012

Tipos de discurso


A natureza dialógica da linguagem

A coruja e a águia

         Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
         -- Basta de guerra – disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
         -- Perfeitamente – respondeu a águia. – Também eu não quero outra coisa.
         -- Nesse caso combinemos isso: de ora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
         -- Muito bem. Mas como vou distinguir os teus filhotes?
         -- Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.
         -- Está feito! – concluiu a águia.
         Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
         -- Horríveis bichos! – disse ela. – Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
         E comeu-os.
         Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
         -- Quê? – disse esta, admirada. – Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...

MORAL DA HISTORIA: Quem o feio ama, bonito lhe parece.
(Esopo)

Tipos de discurso

         O discurso pode ser classificado em: direto, indireto e indireto livre.

01) Discurso direto: reproduz fiel e literalmente algo dito por alguém. Um bom exemplo de discurso direto são as citações ou transcrições exatas da declaração de alguém.

- Primeira pessoa (eu, nós) – é o narrador quem fala, usando aspas ou travessões para demarcar que está reproduzindo a fala de outra pessoa.

Exemplo de discurso direto: “Não gosto disso” – disse a menina em tom zangado.

02) Discurso indireto: o narrador, usando suas próprias palavras, conta o que foi dito por outra pessoa. Temos então uma mistura de vozes, pois as falas dos personagens passam pela elaboração da fala do narrador.

- Terceira pessoa - ele(s), ela(s) – O narrador só usa sua própria voz, o que foi dito pela personagem passa pela elaboração do narrador. Não há uma pontuação específica que marque o discurso indireto.

Exemplo de discurso indireto: A menina disse em tom zangado, que não gostava daquilo.

03) Discurso indireto livre: É um discurso misto onde há uma maior liberdade, o narrador insere a fala do personagem de forma sutil, sem fazer uso das marcas do discurso direto. É necessário que se tenha atenção para não confundir a fala do narrador com a fala do personagem, pois esta surge de repente em meio a fala do narrador.

Exemplo de discurso indireto livre: A menina perambulava pela sala irritada e zangada. Eu não gosto disso! E parecia que ninguém a ouvia.

Atividades sobre causa e consequência


 Atividades sobre causa e consequência 

1-    Reescreva no caderno os enunciados a seguir, ligando as frases de maneira a estabelecer relação de causa e consequência entre elas.
a)     Na Idade Média, os mosteiros detinham o monopólio do conhecimento. O acesso à educação era muito restrito.
b)   Gutenberg inventou a imprensa. Não era mais necessário copiar livros manualmente.
c)    Atualmente, os pais ficam desesperados. Os filhos aprendem o que querem na internet
d)   As crianças têm acesso às informações do mundo adulto. O universo delas se transforma drasticamente.
2-   Em seu caderno, reformule o período de cada item a seguir, utilizando o pretexto de que.
a)    Ele não foi à aula. Disse que estava doente. Sabemos que ele foi ao cinema!
b)   O professor de geografia tirou uma semana de licença. Disse que estava estressado.
c)    Caio recusou o convite para participar do evento. Disse que estaria fora da cidade na época.
3-   Reescreva em seu caderno as frases de cada item, estabelecendo relações de causa entre os enunciados. Para isso, utilize de tanto, ainda mais que, tanto mais que. Observe o exemplo:

Olavo, que começou como engraxate, hoje é presidente do Banco. Ele trabalhou muito.
De tanto trabalhar, Olavo, que começou como engraxate, hoje é presidente do Banco.
a)    Maria Helena conseguiu terminar a faculdade. Ela estudava até altas horas da madrugada.
b)   Os alunos adoravam o professor de História. Duas vezes por mês, ele passava filme para eles.
c)    Pedia ajuda dos pais da comunidade. Conseguiu construir um teatro na escola do bairro.
4-   Reescreva as frases de cada item em seu caderno, substituindo o trecho em destaque por uma oração com verbo auxiliar no modo gerúndio, sem alterar o sentido original. Observe o exemplo:

Como estivesse doente, Roberta ficou em casa vários dias.
Estando doente, Roberta ficou em casa vário dias.
a)    Como estou estressado, vou tirar uns dias de férias.
b)   Joaquim terá de chamar um encanador, já que todas as torneiras da casa estão entupidas.
c)    A professora terá que escrever no quadro, já que esqueceu o projetor.
5-   Reúna-se com um colega e escrevam dois ou três parágrafos sobre um dos textos lidos neste capítulo.
a)    Estabeleçam, em algum trecho, relação de causa e consequência. Usem umas das expressões do quadro das páginas 260 e 261 para exprimir a causa.
b)   Troquem de texto com outra dupla e vejam se as ideias de causa estão expressas corretamente e de acordo com os textos estudados.
6-   Copie as frases a seguir em seu caderno e as complete, imaginando uma consequência para cada caso.
a)    O presidente do senado demitiu-se t.
b)   Chove a quase um mês em Santa Catarina t.
c)    Os alunos ficaram tão eufóricos com o campeonato t.
d)   A terra do sertão nordestino é tão esturricada t.
e)    Mariana não pode ver uma barata t.
f)    O aluno estudou a noite toda t.
7-   Reescreva as frases a seguir, ligando-as de maneira a dar destaque a consequência. Atenção à expressão da intensidade. Observe o exemplo:

O calor foi muito intenso. O solo ficou empedrado.
O calor foi tão intenso que o solo ficou empedrado.
a)    Choveu muito. Os pequenos morros pareciam ilhados.
b)   O sertanejo é muito preguiçoso. Parece estar sempre fatigado.
c)    Caiu bastante a temperatura. Acabou a secura do ar.
d)   Na época da Revolução Industrial, as cidades tiveram que abrigar muitas pessoas. O crescimento urbano tornou-se desordenado.

Obs.: Queridos, algumas postagens aqui são para colegas professores. Não têm gabarito. São atividades que eu digito de livros e o próprio professor terá que fazer o seu, ok?
Abraços